Consórcio, financiamento, à vista. Entenda as vantagens das formas disponíveis no mercado
Por Aline Nogueira de Sá
Organizar as finanças é a melhor forma de tornar realidade os planos para o futuro. E que tal se um desses objetivos for a compra da sua casa própria?
Existem algumas formas de tornar esse sonho mais próximo de realizar. Confira:
Consórcio
Essa é uma modalidade recomendada para quando se é bem jovem, não se tem pressa para ter o imóvel e não se dispõe de uma quantia para dar de entrada em um financiamento.
O consórcio permite prestações com valores mais fáceis de encaixar no orçamento. Quanto mais longo o prazo de pagamento (por exemplo, 200 meses), mais baixa é a prestação.
Ao final, você recebe uma carta de crédito com o valor que escolheu no início do contrato, e poderá utilizá-la para comprar ou dar entrada na compra do imóvel que escolher.
"A vantagem dessa modalidade é que não há cobrança de juros, mas apenas de uma taxa de administração", explica Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de ciências contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).
O consórcio funciona da seguinte maneira: a administradora, que é uma instituição financeira, reúne um grupo de pessoas com o objetivo comum de comprar um imóvel. O valor total de todos os imóveis é somado e dividido por parcelas mensais pagas pelos consorciados.
Todos os meses, o dinheiro pago por todos é usado para que pelo menos 2 possam comprar. Ganham a carta de crédito quem for sorteado e quem conseguir antecipar o maior número de parcelas.
"Você pode se planejar para economizar uma quantia por mês na poupança e juntar montantes para oferecer lances que abaterão sua dívida e aumentarão suas chances de ser contemplado com a carta de crédito antes do fim do contrato", diz Gonçalves.
Financiamento
A renda mensal e o montante que se tem disponível para dar de entrada vão determinar a faixa de preço do imóvel que poderá ser financiado.
Segundo o especialista, é preciso escolher uma parcela mensal que realmente você vai conseguir pagar.
O financiamento é um empréstimo e, como tal, embute juros. No contrato há cláusulas que determinam o valor das prestações e, dependendo do tipo de contrato, elas podem crescer ou decrescer ao longo do tempo.
Muitas construtoras começam a vender seus imóveis ainda na planta, antes da construção. Nessa fase, os preços são mais baratos e geralmente há possibilidades mais flexíveis de acordo para financiamento, definido em contrato diretamente com a construtora.
No recebimento das chaves do imóvel, você ainda tem a possibilidade de recorrer a um financiamento bancário para quitar a dívida.
"Com a construtora, todos os valores a serem pagos dependerão do acordo que se faz no ato da compra. Já no financiamento bancário, a prática de juros do mercado gira em média de 8% a 12% ao ano", diz Gonçalves.
À vista
Comprar um imóvel à vista sempre é a melhor opção. Mas, é claro, depende de se ter a quantia total, o que pode levar anos de economia.
Se essa é a sua opção, defina um valor a ser juntado, em qual prazo e de acordo com a renda de que dispõe por mês.
Ao juntar esse valor na poupança, por exemplo, você estará ganhando juros, e não pagando, ressalta Gonçalves. "Nesse caso, a regra, para dar certo, é ter muita disciplina", conclui.
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